sexta-feira, novembro 04, 2005

A escola

O GEGGD não foi a minha primeira escola. Para se chegar no lugar, bastava pegar o carreirinho que dava no campinho do Douglas, chegava na rua Rui Barbosa e, na Igreja São Pedro, a rua se dividia em duas. A da esquerda, virava uma rodovia intermunicipal que acabava no município vizinho de Lebon Régis, a da direita subia um morro alto e, lá no topo, ficava a Rádio Coroados de um lado e a minha escolinha do outro. Se você por acaso fosse reto, ia chegar no terreno de um bisavô meu.

Cito a rádio para vocês saberem que o morro era bem alto, o ponto alto da região urbana da cidade. Vem desta topografia o sentimento de cansaço na hora de ir pra escola e o alívio ao voltar pra casa. Era comum a criançada descer correndo as três quadras de descida pra chegar rápido o suficiente pra se ver 17h30 o Sítio do Pica-pau amarelo. Tombos? Nunca vi.

A escola era bem pequena, com apenas cinco salas para serem usadas no ensino de 1ª a 4ª séries e uma casa separada para o pré. As salas eram bem espaçosas com um quadro negro de cor negra – diferente dos verdes que existem por aí -, quatro fileiras de carteiras duplas, daquelas em que você sentava com um colega e as mochilas, pastas, malas, eram colocadas debaixo do banco. Por algum motivo obscuro, ninguém usava esse local, preferindo deixar no chão. Acho que, além de ser mais fácil, evitava o aborrecimento de incomodar o colega se precisava de algo.

Engraçado que eu lembro de provas, mas nunca de neguim colando ou se a professora tentava evitar isso. Acho que não passava pelas nossas inocentes cabeças colar de alguém. Loco!