segunda-feira, outubro 31, 2005

O Ferrorama...

Na casa anterior eu ganhara um Ferrorama de presente e poderia montar os trilhos em qualquer lugar da casa gigante. Lembro que ficava um tempão nesta brincadeira, gastando pilhas e pilhas para fazer o trem, literalmente, andar.

Nesta nova casa, só dava pra se fazer isso na sala. Em um destes vários monta-e-desmonta, perdi duas partes e não pude mais completar o treco inteiro. Depois de um tempo sem mexer naquilo, triste demais pra ver a pistinha incompleta, resolvi fazer experiências com o que tinha. Forçava o trem a empurrar coisas e enfrentar subidas cada vez mais íngremes.

Sem mais o que fazer ou o que inventar, fui estragando os trilhos, perdendo os vagões até desaparecer todos os vestígios do tal brinquedo. Em 83 nos aprontávamos para sair da casa, em nova mudança e, estavam movendo a estante para colocar no caminhão, quando caíram dois pedaços de plásticos no chão.

Eu não me atentei muito ao fato num primeiro instante, mas quando fui levar um dos copos de chopp da coleção da minha mãe, resolvi ver o que era aquilo.Por uma ironia do destino, eram os dois pedaços de trilhos que faltavam para completar o Ferrorama.

Devo ter ficado uns bons minutos olhando com cara de bobo praqueles empoeirados trilhos e suspirei como se fosse um velho, que havia perdido uma parte importante da vida por burrice. Depois, sacudi a poeira e toquei a vida.

1 Comments:

At 11:03 AM, Blogger Priscilla said...

:D :D :D

 

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