quinta-feira, outubro 27, 2005

Campinho do Douglas

Depois de tantos relatos de espaços para a prática futebolística, chegou a vez de falar da ‘cancha’ mais utilizada pelos aprendizes. A primeira menção ao local aconteceu logo do começo da nossa história no novo bairro.

O campinho ficava a duas quadras pequenas de casa e tinha esse nome porque o Douglas morava próximo e corria a lenda de que seu pai, um motorista de ônibus que fazia a linha Erechim-Curitiba pela Reunidas, mandara passar um trator de esteira em um terreno baldio.

A parte aterrada ia de uma rua à outra, mas para sorte da piazada, só o ‘miolo’ virou o campinho. O matagal que acabou nascendo nos extremos evitava que a bola se perdesse por uma das ruas, que era movimentada. A outra raramente recebia a visita de um carro e não provocava maiores preocupações.

Foi neste campo que fiz meu primeiro golaço. Depois de um lateral, matei no peito, toquei de joelho e, por acaso, apliquei um chapéu num pereba e, antes da bola cair no chão, chutei forte, de peito de pé. Para minha alegria, consegui mandar a bola entre as pernas do goleiro. Foi ou não um golaço?