segunda-feira, outubro 17, 2005

Ponta Grossa

Mesma viagem, agora com uma carga alta de algodão no 11-13, voltando pra casa. O Mercedes descia um longo trecho em reta em uma noite qualquer, Com o motorista dirigindo tranqüilamente. Já os dois passageiros na boléia estão pensando na vida, cada um do seu jeito. O mais velho no banco, olhando a paisagem e o mais novo dormindo e sonhando no chão, com os pés perto do câmbio.

No sentido contrário, um Opala tenta uma ultrapassagem em uma Scânia e nem se importa com o que vem pela frente. Para evitar uma batida frontal, e uma tragédia para os integrantes do carro que vinha, o motorista do Mercedez vira o volante e vai para a esquerda. O caminhão vira demais e, para evitar uma ida para o mato, nova correção, agora para a direita. Para ajudar, naquele trecho em particular, o acostamento tinha uma diferença de altura grande demais em relação à pista e a carga alta acabaram por ajudar a tombar o caminhão.

O sujeito que aqui escreve só lembra do que aconteceu minutos depois. Acordou desorientado, com a boca cheia de terra e de maneira surreal para aquela cabecinha, sai andando pelo pára-brisa e encontra o irmão e o pai conversando com um caminhoneiro que estava parado na frente. Todo mundo calmo, sem stress... loco.