sexta-feira, outubro 07, 2005

O Galaxie marrom

Seo Maneco teve dois Galaxies na vida. Um marrom e um branco. Este último tem bastante história pra contar, mas ainda não é o tempo d’elas virem a público. Do marrom eu lembro de poucas coisas, mas com ele eu descobri que a vida não é um desenho animado. Dá até pra considerar uma lição de vida! Guenta a mão...

Em 79 nevou em Curitibanos e foi nesta ocasião que tive meu primeiro contato com esse tipo de coisa. Eu fui acordado pela minha mãe, que gritava... berrava, que era pra eu correr pra ver um negócio. Levantei da cama e, esfregando os olhos de sono, fui ver que diabos tinha acontecido pra tanto alarido. Toda cheia de malandragem, minha mãe pediu pra eu olhar o mundo pela janela da sala e lá fui eu, na certa de olhos brilhando.

É... bem... tinha neve, né. Mas era bem ralinha e parecia uma garoa mais forte. Mas mesmo assim era neve! E lá fui eu brincar, tocar, correr, cair, escorregar, sujar-se, fazer bola, jogar no meu irmão, muito mais ele jogar em mim. Mas como eu desci no colo da minha mãe, a primeira vez que toquei na neve mesmo foi no vidro do Galaxie marrom. Deu pra ficar passando o dedo e desenhar coisas. Se não me engano, alguém fez um boneco sobre o capô, mas isso pode ser coisa da minha cabeça.

Ah! sobre a lição de vida do começo do post: Num dia qualquer, eu tava de bobeira na frente de casa e meu pai estava se preparando pra sair, já dentro do Galaxie. Como ele estava conversando com alguém e não saia, resolvi escutar a prosa, pra ver qualé. Como o assunto não me interessou, resolvi sair de perto. Por algum motivo, fui sentar do lado do pneu traseiro direito e fiquei admirando a roda estilosa da lancha.

Como o motor estava desligado, comecei a brincar de bater no pneu. Na louca, me deu a idéia de testar uma teoria. Será que se eu colocar o dedo no chão e deixar o pneu passar por cima dói? Nos desenhos animados eu vi os carros passando sobre o Pateta e ele nem se machucou!? Parece macio, acho que nem machuca. Vou ver. Neste instante meu pai ligou o carro e começava a se despedir do cara que tava na rua. Coloquei o dedo indicador direito. Motor ligado, dedo no chão. Vai ser rápido. Logo eu descubro.

Para minha sorte, reparei que tinha o pedaço de um galho de árvore bem perto de mim e resolvi tirar o dedo e colocar o galho no lugar. Se ele quebrar é porque minha teoria tá furada. Se não, na próxima eu coloco o dedo.

Bem. O fura-bolo direito agradece até hoje...

1 Comments:

At 1:58 PM, Anonymous Anônimo said...

Ainda bem que vc não tentou a cabeça. Dificilmente teria uma melancia por perto...

 

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